terça-feira, 18 de junho de 2013

Primeiros voadores da Terra



INSETOS
(Os primeiros voadores da Terra)

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro
Os primeiros voadores do Planeta Terra, foram os insetos que desenvolveram uma espantosa capacidade de voo. As libélulas batem as asas em sincronia, num processo de incrível complexidade fisiológica. Os dois pares de asas não entram em contato direto. Porém, quando a libélula descreve uma curva brusca, as asas encurvam sob a pressão adicional e roçam uma na outra, produzindo um ruído, seco e bastante audível. Insetos mais recentes descobriram que era mais fácil voar utilizando apenas um par de membranas vibráteis.

As abelhas e as vespas têm as asas anteriores e posteriores ligadas por uma espécie de engate, o que as transforma numa única superfície. As asas das borboletas sobrepõem-se.

Os esfingídeos incluem-se entre os insetos de voo mais rápido que se conhece, chegando a atingir 50 Km/h. As suas asas posteriores foram consideravelmente reduzidas e engancham-se nas anteriores, longas e finas, por meio de uma cerda arqueada.

Já os coleópteros utilizam as asas anteriores de modo totalmente diferente. Esses “tanques blindados” do mundo dos insetos passam parte do tempo no solo, movendo-se por entre os detritos vegetais, esgaravatando a terra ou roendo madeira, atividades perigosas para asas delicadas. 

Mas os coleópteros resolveram o problema, transformando as asas anteriores em duas chapas espessas e duras, os élitros, que agem como tampas de um cofre e se ajustam perfeitamente sobre o abdómen.

Os mais hábeis aeronautas são, sem dúvida, os dípteros, que utilizam para voar apenas asas anteriores. As posteriores atrofiaram-se e ficaram reduzidas a dois minúsculos halteres, os balanceiros, que todos os dípteros possuem.

Num tipo de mosquito, o pernilongo (exemplo melga), esses balanceiros são particularmente visíveis, já que se localizam na extremidade de um pedúnculo, como baquetas de tambor. Quando o díptero circula no ar, esses órgãos, que se ligam ao tronco exatamente como as asas, oscilam para cima e para baixo, cerca de cem vezes por segundo. Servem em parte como estabilizadores ou giroscópios, e em parte como a órgãos sensoriais, presumivelmente informando o díptero acerca da posição do seu corpo no ar e da direção na qual se desloca.

A informação sobre a velocidade vem das antenas, que vibram à passagem do ar. Além dos músculos ligados diretamente à base das asas, algumas espécies vibram todo o tórax que é, na verdade, um cilindro de quitina maleável e resistente e que estala para dentro e para fora, como uma lata de metal abaulada. O tórax está ligado às asas por meio de uma estrutura engenhosa, localizada na base destas e cujas contrações fazem-nas bater para cima e para baixo.

Os insetos foram as primeiras criaturas a povoar os ares, e dominaram-os totalmente durante cem milhões de anos. Mas a sua existência não era desprovida de perigos. Adversários antigos, como as aranhas, que não chegaram a apresentar asas, utilizavam armadilhas para capturar as suas vítimas e, armando teias de seda por entre os galhos nas rotas de voo dos insetos, continuam a dizimar a população alada.


Os insetos são artrópodes providos de antenas e de mandíbulas. Respiram com a ajuda de traqueias que se abrem ao exterior por pequenos orifícios, os estigmas. O seu corpo está dividido em três partes. A cabeça contém dois olhos compostos, duas antenas e as peças bucais. O tórax é formado por três segmentos, cada um deles munido de um par de patas.

Na maioria dos insetos existem dois pares de asas repartidas pelos últimos segmentos do tórax. O abdómen é geralmente desprovido de apêndices.

No essencial, a anatomia dos insetos é comparável à dos crustáceos. Têm regimes alimentares muito diversificados. Alguns, como as baratas, são omnívomos. Muitos alimentam-se de vegetais. Outros, como a ptéride da couve procuram apenas uma única planta; outros ainda consomem apenas algumas espécies, é o caso do doríforo, que se alimenta não só da batata, mas também do tomate. Todas as partes de uma planta podem ser consumidas por insetos. Outros vivem de matéria, animal ou em decomposição. Os necróforos fazem a postura nos cadáveres nos quais se desenvolvem as larvas. Os carnívoros atacam presas vivas, por exemplo, caracóis e lagartas. Uma categoria muito particular forma os parasitas, muito numerosos, que vivem dependentes de um hospedeiro, seja vegetal ou animal.

A diversidade de regimes alimentares tem como corolário a existência de peças bucais de formas variadas. A posse de asas é uma caraterística dos insetos, os únicos invertebrados capazes de voar.

Normalmente, o inseto adulto continua a sofrer mudas regularmente. A esses dizem-se “sem metamorfose”, ou ametabólicos. Algumas espécies de insetos são auxiliares do homem e da agricultura, pois limitam a proliferação dos insetos nocivos seja enquanto predadores. Estas propriedades são utilizadas na luta biológica. Muitos insetos desempenham um papel nos equilíbrios biológicos, em particular na decomposição dos materiais orgânicos. Outros intervêm na fecundação de plantas cultivadas pela sua ação polinizadora.

Por fim, algumas espécies são úteis ao homem devido à sua produção, como por exemplo a abelha e o bicho-da-seda. Ainda, por vezes, como alimento nos países tropicais, como o grilo, lagartas, térmitas, etc.

Pelo exposto, inseto é um pequeno animal articulado, que respira por tracheiras e passa quase sempre por metamorfoses. Uma das quatro classes da divisão dos artrópodes, que compreende animais caraterizados pelos seus membros em número de seis pelo corpo, composto de anéis ajustados uns aos outros e que consta de: cabeça, tórax e abdómen., Os insetos são essencialmente terrestres e possuem uma respiração aérea; os que vivem dentro de água têm de vir respirar de vez em quando à superfície.

O aparecimento das flores transformou a face da terra. As florestas agora resplandeciam de cores, com plantas apregoando as suas delícias e recompensas. As primeiras flores surgiram e eram acessíveis a quem nelas quisessem pousar. Não era necessário nenhum órgão para atingir a corola de uma magnólia ou de um nenúfar, nenhuma habilidade particular para recolher o pólen dos estames carregados.

Mas receber visitantes indiscriminadamente, não era propriamente uma vantagem. O pólen de uma flor depositado numa espécie diferente, é pólen desperdiçado. Por essa razão, desde o início da evolução das fanerogâmicas (plantas de dão flor), tem havido uma tendência para certas plantas e insetos se associarem para benefício mútuo.

Desde o tempo das cavalinhas e fetos gigantes, os insetos acostumaram-se a visitar as copas das árvores em busca de esporos para sua alimentação. O pólen era um tipo de alimentação muito semelhante e, permanece até hoje como um prémio dos mais cobiçados. As abelhas recolhem-no em imensas quantidades, carregando-o em alforges, concavidades macias que possuem pelos das partes posteriores, e transportando-o até às suas colmeias.

Algumas plantas, como a murta, por exemplo, produzem dois tipos de pólen: um fertiliza as suas flores e outro, particularmente saboroso, destinado a servir de alimento. Outras flores passaram e recorrer a um tipo de suborno, completamente novo: o néctar.

Esse líquido adocicado é produzido com o único propósito de agradar, de tal forma que o inseto se vicia e dedica todo o tempo disponível, durante o período de floração, a recolhê-lo.

Graças a essa nova oferta especial, as flores conseguiram recrutar uma nova legião de mensageiros, principalmente abelhas, dípteros e borboletas. Essas recompensas em pólen e néctar precisam de ser apregoadas, e assim, as cores vivas das flores tornam-se visíveis a distâncias consideráveis.

O perfume das flores é igualmente um poderoso atrativo. Na maioria dos casos, os aromas que atraem os insetos, como a alfazema, a rosa, a madressilva, etc., agradam também a nós.

Mas nem sempre assim acontece. Por exemplo, as moscas, apreciam carne podre.

As flores que se valem delas, como agentes polizadores, precisam de atender às suas preferências e produzir um cheiro semelhante. Muitas fazem-no com tal perfeição e pungência que se tornam insuportáveis para o olfacto humano.

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal

2 comentários:

  1. Mais um aprendizado: O bicho da seda!
    Carlos, querido amigo, estou gostando muito dessas suas novas pesquisas que também são fontes de cultura.
    Parabéns!
    Um abtaço,
    Eliana (Shir) Ellinger

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  2. A libélula é um dos insetos voadores mais equívocos.

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