sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dia das Mentiras - 1º de Abril


"Dia das Mentiras - 1º de Abril"


Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro


Existem várias explicações e opiniões para o 1º de Abril, conhecido pelo Dia das Mentiras. 

Uma delas, refere que começou em França, pois havia a celebração do equinócio da Primavera que marcava o Ano Novo. Em 1564, o rei francês Carlos IX mudou o calendário para o que usamos hoje - o Gregoriano e o Ano Novo passou a começar a 1 de Janeiro. 

Aos que ainda celebravam o ano novo em Abril chamavam-lhes tolos (em inglês são os "April's Fools'"). Como no ano novo anterior (Abril) se trocavam prendas, começaram a dar-se, nesta altura, prendas para gozar com os outros. Na Escócia a ideia de pregar partidas foi bem aceite e a mais praticada (ainda hoje) é a de mandar alguém caçar gambozinos (cuckoo hunt - caça ao cuco).


Outra explicação fala de um festival romano, o da Cerelia, que celebra a história de Proserpina. Parece que Proserpina estava a colher lírios no vale quando foi raptada por Plutão, o deus romano. A mãe dela, Ceres, ficou tão atrapalhada que começou a procurá-la sem muito método (e sem resultados) - tudo isto tem a ver com a caça aos gambozinos, que é a ideia de procurar algo que nunca se vai achar.

Em muitos países, comemora-se este dia noutra data: No México é a 28 de Dezembro. Na Roma antiga era a 25 de Março. Na Índia é a 31 de Março.

Em França, este dia chama-se "poisson d'avril" (peixe de Abril) e as crianças fazem um jogo típico que é o de colar ou prender um peixe recortado em papel nas costas de alguém, sem essa pessoa dar por isso. Quando ela nota, grita-se: " Poisson d'avril! Poisson d'avril!". 

Uma outra explicação francesa diz que, dantes, era o dia em que fechava a época da pesca e era a última hipótese para os pescadores que não tinham pescado nada... Então atiravam-se peixes aos rios para os safar da vergonha de não levarem nada para casa. 

"É neste dia do ano em que nos lembramos aquilo que somos nos restantes 364 dias." 

"Provérbio "No dia 1 de Abril vai o tolo onde não há-de ir". 

"Diz-se que o bom mentiroso não cora, não se engasga e mente tão bem que acredita na falsidade que está a contar."



Quem é que não conta uma mentirinha de vez em quando? Às vezes mesmo sem querer a gente acaba contando uma mentira e ninguém fica sabendo disso... veja agora algumas das dessas mentiras:


- Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
- Não nos procure, nós o procuraremos.
- Pode deixar que eu te ligo.
- Puxa, como você emagreceu!
- Fique tranquilo, vai dar tudo certo!
- Quinta-feira sem falta o seu carro vai estar pronto.
- Pague a minha parte que depois eu acerto contigo.
- Eu só bebo socialmente.
- Isso é para o seu próprio bem.
- Eu estava passando por aqui e resolvi subir.
- Estou te vendendo a preço de custo.
- Não vou contar prá ninguém.
- Não é pelo dinheiro, é uma questão de princípios.
- Somos apenas bons amigos.
- Que lindo é o seu bebé.
- Pode contar comigo!
- Você está cada vez mais jovem.
- Eu nem reparei que era o dia das Mentiras

Claro que você não será capaz de pôr sal nas escovas de dentes. Nem pôr pasta de dentes (ou algo do gênero - mas que não seja demasiado nojento - margarina, maionese, ketchup, ....) nas maçanetas das portas...

Mas nós vimos cara e não vimos corações. Se você fizer, como não foi aconselhado por nós, a responsabilidade é inteiramente sua ....

Digamos que você sabe que alguém só fala mentira em tudo que diz. Todas as suas afirmativas são 100% mentira. É simplesmente impossível esta pessoa nos enganar, porque nós já saberemos que suas afirmativas são todas falsas. Se esta pessoa nos disser que podemos beber o que está num copo que não nos fará mal, nós jamais beberemos deste copo, pois sabemos que 100% do que ela diz é mentira. Do mesmo modo, se eu só lhe disser a verdade o tempo todo, também será impossível enganá-lo, pois você saberá que o que está no copo pode ser bebido, se assim eu lhe afirmar. O engano nada mais é do que a maligna mistura de verdade com mentira. O engano se constitui em lançar algumas verdades como arma de credibilidade, para em seguida lançar mentira, propiciando que a mentira seja tomada como verdade, simplesmente porque veio junto a algumas verdades. 

Esta técnica de misturar a verdade com mentiras é a mais antiga de todas, mas parece bem eficaz, porque vem enganando a humanidade desde o primeiro homem até os dias de hoje.


O DIA DA MENTIRAde José Augusto Carvalho
    
Abril vem de aprilis, nome de um dos espíritos que seguiam o carro de Marte, deus da guerra, que deu nome ao mês de Março. Assim, aprilis não se relaciona com abrir (latim: aperire), mas com o grego Apros ou Afros, designativo de Afrodite, nome grego da deusa Vénus a quem Abril era dedicado, ou com o sânscrito áparah, que significa "posterior" (aparentado com o gótico afar ou aftra, que significa "depois"), pois Abril era o segundo mês do ano, no calendário civil de Rômulo (daí os nomes Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro para os meses sete, oito, nove e dez, respectivamente). A relação de aprilis com aperire (abrir) surgiu posteriormente, na vigência do calendário de Numa Pompílio, que instituiu os meses de Janeiro e Fevereiro, por ser Abril o mês da Primavera, em que "todas as coisas se abrem".


Nas modificações efetuadas por Numa Pompílio no calendário de Rômulo, o ano civil tinha um erro de dez dias em relação ao ano solar, por isso ele tentou corrigir o erro acrescentando um mês de dez dias entre 23 e 24 de Fevereiro. Mas essa solução trouxe tantos problemas que, em 44 antes de Cristo, Júlio César resolveu modificar novamente o calendário, dando ao ano a duração de 12 meses ou 365 dias, de acordo com o calendário egípcio. Foi um astrônomo de Alexandria, chamado Sosígenes, que descobriu que o ano civil tinha seis horas menos que o ano solar.

Assim, Roma instituiu que a cada quatro anos seria acrescentado um dia em Fevereiro. O dia 24 de Fevereiro era chamado "sexto das calendas", isto é, o sexto dia antes do dia primeiro, que era chamado "calendas". Assim, com o dia adicional (acrescentado após o dia 24, com a mesma numeração), houve dois sextos (=bissexto) das calendas. 

A reforma que Carlos IX empreendeu na França em 1564 provocou confusão, mas não foi responsável pela origem do dia das mentiras. Carlos IX apenas obrigou os franceses a seguir o calendário Juliano (com o ano começando a primeiro de Janeiro). Até então, e desde Carlos Magno, era o calendário de Rômulo (com o ano começando a primeiro de Março) que vigorava na França.


Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro - Marinha Grande - Portugal

Livro de Visitas do Portal CEN - "Cá Estamos Nós"

http://www.caestamosnos.org/livrodevisitas/index.php




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